quarta-feira, 18 de maio de 2011

Classe artística incentiva a participação da sociedade civil nas audiências públicas

As audiências públicas sobre a criação do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice) servem para que a sociedade civil tome conhecimento sobre a minuta do anteprojeto, elaborado pelas secretarias da Cultura, Planejamento e Fazenda, e por representantes da Assembleia Legislativa e do Fórum das Entidades Culturais. Participar dos encontros é uma forma de ampliar o debate sobre a implantação da nova lei, além de criar mecanismos de diálogo sobre possíveis sugestões a serem incorporadas no projeto.

Segundo a presidente da Associação de Vídeo e Cinema do Paraná (Avec), Salete Sirino, as audiências visam democratizar o acesso à construção da lei e viabilizar a possibilidade de amplo debate, já que os encontros irão ocorrer em diversos lugares do Paraná. “A lei é uma reivindicação antiga da classe. Ela irá atender uma demanda de produção existente e será o elo entre o Estado, os produtores e artistas, e a sociedade civil”.

O diretor e autor teatral Cleber Braga, do Movimento de Teatro de Grupo de Curitiba e membro do Colegiado Setorial de Teatro, diz ser de grande importância a participação da população nas audiências públicas sobre a nova lei. “Nesse momento histórico, que se solidificam algumas conquistas para a cultura do Paraná, é necessário que a sociedade civil se organize, assim como faz com assuntos ligados à saúde e segurança. Isso vai ajudar a construção de uma política pública adulta, madura e responsável”.

Para Bruno Mancuso, integrante do Ponto de Cultura Minha Vila Filmo Eu, as audiências públicas são fundamentais para que seja aberto o diálogo sobre o assunto, possibilitando assim que as pessoas possam exercer a própria cidadania.

A relação do artista com a política é muito antiga, e alguns acham que um assunto não combina com o outro. Essa não é a opinião de Rogério Guiraub, do Coletivo Artixx e membro do grupo Garibaldis e Sacis. “A classe artística poderá se articular muito mais se tiver uma maior compreensão da política. O artista e a sociedade devem participar desta discussão, pois é uma lei para todos”.

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